Após os bombardeamentos de quinta-feira, a alta-representante da UE para a diplomacia, Kaja Kallas, emitiu uma declaração em nome de 26 dos 27 Estados-membros, afirmando que os ataques "demonstram mais uma vez a natureza imprudente da Rússia" e um "total desrespeito pela lei internacional". A declaração, não subscrita pela Hungria, comprometeu os 26 países a "acelerar o trabalho sobre o 19.º pacote de sanções".
A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, reforçou esta posição, prometendo novas "sanções severas" para "manter a pressão máxima sobre a Rússia".
A discussão sobre as novas medidas decorreu na reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros em Copenhaga.
O ministro português, Paulo Rangel, afirmou existir "uma grande vontade da maioria dos países em reforçar as sanções e fazer um pacote, por ventura, mais duro ainda", mas reconheceu que é necessário "contar com a relutância da Hungria". A posição húngara, liderada por Viktor Orbán, tem sido um obstáculo recorrente à unanimidade necessária para a aprovação de sanções, refletindo a sua proximidade com o Kremlin e a sua dependência energética da Rússia.
A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, lamentou a falta de consenso total, mas indicou que as propostas para o novo pacote seriam enviadas nas próximas semanas.