Paradoxalmente, nesse mesmo ano, a UE gastou mais do dobro desse valor em importações e subsídios a combustíveis fósseis, exacerbado pela guerra na Ucrânia.

Os investimentos em energia limpa, por outro lado, diminuíram.

Em 2024, as importações de combustíveis fósseis subiram para quase 400 mil milhões de euros.

O estudo destaca que a capacidade da Europa como sumidouro de carbono tem sido enfraquecida pelo aumento dos incêndios florestais, como os que afetaram Portugal e Espanha.

Jonathan Gardiner, investigador do Instituto Ecológico de Berlim, salientou que as florestas, "essenciais na luta contra o clima", estão sob forte pressão devido à seca e à crescente procura de madeira.

Perante esta realidade, o ECNO defende a "integração urgente" da agenda climática com a da competitividade industrial e a criação de um "quadro de investimento a longo prazo eficaz". Em Espanha, os incêndios devastaram um recorde de 400 mil hectares em 2025, levando o primeiro-ministro Pedro Sánchez a propor um "pacto de Estado face à emergência climática" a Portugal e França, e a instar a Comissão Europeia a não recuar na transição ecológica.