Enquanto alguns países, como a Bélgica, avançam com o reconhecimento do Estado da Palestina, outros, como a Alemanha e a Hungria, bloqueiam uma posição comum mais firme.

A alta-representante da UE para a diplomacia, Kaja Kallas, admitiu a dificuldade em alcançar a unidade sobre o tema após uma reunião informal de ministros em Copenhaga.

"É evidente que os Estados-membros não estão de acordo quanto à forma de levar o Governo israelita a mudar de rumo", afirmou Kallas. A divisão coloca de um lado países como Espanha, Irlanda e Dinamarca, que defendem medidas como a suspensão do acordo comercial com Israel, e do outro um grupo que inclui Alemanha, Áustria e Hungria, que se opõem a sanções.

Esta fratura impede a UE de adotar uma postura unificada, enfraquecendo a sua influência diplomática.

Em contraste com a paralisia do bloco, a Bélgica anunciou que irá reconhecer o Estado da Palestina na próxima Assembleia Geral da ONU e impor sanções a Israel.

O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, descreveu a decisão como um "gesto político e diplomático firme" para condenar as "intenções expansionistas de Israel". A iniciativa belga junta-se à de mais de uma dezena de governos ocidentais, incluindo Portugal, que em julho anunciaram a intenção de reconhecer a Palestina, aumentando a pressão sobre Israel.