Esta perspetiva é partilhada tanto por Kiev como por vários líderes europeus, enquanto a Rússia mantém uma posição ambígua, opondo-se à entrada na NATO mas não à integração no bloco europeu.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem consistentemente afirmado que a adesão plena à UE é "uma das principais componentes das garantias de segurança" que o seu país procura.
Numa conversa com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, Zelensky sublinhou a necessidade de não haver "qualquer divisão entre a Ucrânia e a Moldávia" neste caminho, tratando ambos como parceiros estratégicos.
Esta visão é ecoada por jovens ucranianos e portugueses que se reuniram em Lviv para debater o futuro da UE, onde o alargamento e a segurança da Europa foram temas centrais.
Do lado russo, a posição parece ter evoluído.
O Presidente Vladimir Putin declarou que Moscovo "nunca se opôs à eventual adesão da Ucrânia à União Europeia", focando a sua oposição exclusivamente na adesão à NATO.
Esta declaração, no entanto, é recebida com ceticismo.
O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, um dos líderes europeus com posições mais próximas de Moscovo, afirmou em Pequim, ao lado de Putin, que a Eslováquia está disposta a cooperar com a adesão da Ucrânia à UE, desde que Kiev cumpra os requisitos, reiterando ao mesmo tempo a sua oposição à entrada na Aliança Atlântica. A Ucrânia, por sua vez, insiste que "não cabe à Rússia decidir ao que Kiev pode ou não aderir".