A proposta, formalizada numa reunião em Paris da "Coligação dos Dispostos", prevê uma presença militar "em terra, no mar ou no ar" para dissuadir futuras agressões.

Macron sublinhou que a força "não tem intenção nem objetivo de travar qualquer guerra contra a Rússia", mas sim "prevenir qualquer nova grande agressão" e garantir a "segurança duradoura da Ucrânia".

A iniciativa conta com o apoio fundamental dos Estados Unidos, descrito como um "backstop" (rede de segurança), cujo envolvimento detalhado será finalizado nos próximos dias.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, saudaram o compromisso, destacando a união e determinação europeias.

No entanto, a coesão não é total.

A Itália, através da primeira-ministra Giorgia Meloni, manifestou "relutância em enviar tropas para a Ucrânia", embora se disponibilize para apoiar iniciativas de monitorização e formação. A Polónia, por sua vez, ofereceu-se para assumir um papel primordial no apoio logístico, mas descartou o envio de soldados.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, também expressou "reservas consideráveis".

Estas diferentes posições revelam os desafios internos que a UE enfrenta na implementação de uma política de segurança tão ambiciosa, equilibrando a solidariedade com a Ucrânia e as preocupações de segurança nacionais. A medida é uma exigência de Kiev para qualquer acordo de paz, que considera inaceitáveis as condições russas de cedência de territórios e renúncia à adesão à NATO.