Esta posição demarca uma linha vermelha clara por parte de Moscovo, aumentando a tensão diplomática e militar.
O porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, foi direto na sua acusação, afirmando que "os europeus estão a obstruir a resolução na Ucrânia.
Não estão a contribuir".
Segundo Peskov, a Europa persiste nas "tentativas de tornar a Ucrânia o centro de tudo o que é antirrusso".
O Presidente Vladimir Putin reforçou a mensagem durante um discurso no Fórum Económico do Leste, declarando que se tropas estrangeiras forem enviadas durante a guerra, Moscovo irá considerá-las "um alvo legítimo".
A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, foi ainda mais longe, descrevendo as garantias de segurança como "garantias de perigo para o continente europeu".
A Rússia reitera que as suas condições para a paz são inegociáveis: a Ucrânia deve ceder os territórios anexados e renunciar permanentemente à adesão à NATO.
A forte retórica russa evidencia o abismo entre a visão de segurança europeia, que procura conter futuras agressões, e as exigências de Moscovo, que vê qualquer presença militar ocidental na Ucrânia como uma ameaça existencial. Esta divergência fundamental constitui o principal obstáculo a qualquer progresso diplomático e sublinha o risco de uma escalada caso a força de segurança europeia venha a ser implementada.