O episódio, inicialmente atribuído a uma "interferência flagrante perpetrada pela Rússia", é visto como um exemplo preocupante das táticas de guerra híbrida de Moscovo contra líderes e infraestruturas críticas europeias.
Durante a aproximação ao aeroporto de Plovdiv, os sistemas de navegação da aeronave foram neutralizados, forçando os pilotos a aterrar manualmente com recurso a mapas em papel.
A Comissão Europeia confirmou ter recebido informações das autoridades búlgaras que apontavam para uma sabotagem deliberada por parte da Rússia, e o Kremlin negou prontamente as acusações, classificando-as como "incorretas".
A situação tornou-se mais complexa quando o primeiro-ministro búlgaro, Rosen Zhelyazkov, desvalorizou o caso, considerando-o uma "consequência colateral, mas insignificante" da guerra na Ucrânia e afirmando não haver motivo para investigação.
Esta posição contrastou com a forte reação da NATO.
O secretário-geral, Mark Rutte, declarou que "todo o continente está sob ameaça direta da Rússia" e que a Aliança está a trabalhar "dia e noite para contrariar esta ameaça".
O incidente não é isolado; um alto responsável militar alemão, Carsten Breuer, revelou ter vivido uma experiência semelhante, e a NATO reconhece um aumento de ações como o bloqueio de sinais GPS e o corte de cabos submarinos. O caso expõe a vulnerabilidade europeia a ataques híbridos e as dificuldades em formular uma resposta unificada, especialmente quando um Estado-membro minimiza a gravidade de um incidente que afeta diretamente a segurança da mais alta representante do executivo comunitário.