Numa conversa com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, o Presidente Volodymyr Zelensky sublinhou que a adesão à UE é "uma das principais componentes das garantias de segurança".
Montenegro reafirmou a "plena solidariedade e constante apoio de Portugal" a este objetivo.
Zelensky também insistiu que, neste processo, "não deve ser permitida qualquer divisão entre a Ucrânia e a Moldávia", defendendo um avanço conjunto dos dois países candidatos.
Esta perspetiva contrasta com a do Kremlin.
Vladimir Putin afirmou que a Rússia "nunca se opôs à adesão da Ucrânia à UE", focando a sua oposição exclusivamente na adesão do país à NATO, que considera uma ameaça direta. O reaparecimento do ex-presidente pró-russo Viktor Yanukovych, que alegou ter sempre trabalhado para a adesão à UE enquanto se opunha à NATO, reforça a ideia de que, para Moscovo, a linha vermelha sempre foi militar e não económica.
Esta distinção é crucial no atual contexto geopolítico.
Enquanto a Ucrânia e a UE veem a integração no bloco como um escudo contra futuras agressões, a Rússia parece disposta a tolerá-la, desde que a neutralidade militar da Ucrânia seja garantida.
Esta dinâmica complexa será central em quaisquer futuras negociações de paz.