Esta iniciativa, liderada por França, representa um passo significativo na definição do papel da Europa na segurança do continente.

A proposta, anunciada pelo Presidente francês Emmanuel Macron, prevê uma presença militar "em terra, no mar ou no ar" para fornecer garantias de segurança a Kiev e "prevenir qualquer nova grande agressão" por parte da Rússia. Macron sublinhou que a força "não tem qualquer intenção nem objetivo de travar qualquer guerra contra a Rússia", uma posição que visa acalmar as tensões.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou o anúncio como "um avanço concreto e sério".

A reação de Moscovo foi imediata e hostil.

O Presidente Vladimir Putin advertiu que quaisquer tropas ocidentais enviadas para a Ucrânia, mesmo num cenário de pós-guerra, seriam consideradas "alvos legítimos".

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou os países europeus de "atrapalharem" a resolução do conflito.

A coesão da coligação enfrenta desafios, com vários países a clarificarem as suas posições.

A Itália, através da primeira-ministra Giorgia Meloni, e a Polónia afirmaram que não enviarão tropas para combate, embora se mostrem disponíveis para apoiar com logística, treino e vigilância.

A Alemanha também expressou reservas, defendendo que o apoio militar deve continuar a ser da competência dos Estados-membros e não da UE enquanto instituição. O sucesso da iniciativa depende crucialmente do apoio dos Estados Unidos, descrito como um "backstop" essencial.

Os líderes europeus mantêm um diálogo contínuo com a administração de Donald Trump para definir o papel de Washington, que já indicou que apoiará os aliados europeus, mas descartou o envio de tropas terrestres.