Esta decisão, descrita como um "gesto político e diplomático firme", será acompanhada pela imposição de sanções a Israel, refletindo uma crescente frustração dentro da UE com a situação humanitária em Gaza. O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, declarou que a medida é uma resposta à "tragédia humanitária" em Gaza e à "violência perpetrada por Israel em violação do direito internacional".
O objetivo, segundo Prévot, é "condenar as intenções expansionistas de Israel com os seus programas de colonização e ocupações militares". A Bélgica junta-se assim a um grupo de mais de uma dezena de governos ocidentais, incluindo Portugal, que planeiam tomar uma medida semelhante na ONU.
O Ministério Palestiniano celebrou a decisão, considerando-a "um passo em consonância com o direito internacional".
A posição da Bélgica expõe as profundas divisões dentro da União Europeia sobre o conflito israelo-palestiniano. O ministro belga afirmou que a credibilidade da política externa da UE "se está a desmoronar" por falta de ação contra Israel. A Alta Representante da UE, Kaja Kallas, admitiu que o bloco continua dividido, com países como Alemanha e Hungria a oporem-se a sanções, enquanto Espanha e Irlanda defendem uma linha mais dura.
Esta falta de unidade, segundo Kallas, afeta a credibilidade do bloco na cena mundial.