Após 25 anos de um processo negocial complexo, o acordo entre a UE e o bloco sul-americano (composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) parece estar na sua fase final.

O Presidente do Brasil, país que detém a presidência rotativa do Mercosul, declarou nas redes sociais: "Até o final do ano, em nossa presidência do Mercosul, este acordo estará assinado, beneficiando produtores e consumidores do Mercosul e da União Europeia".

Este otimismo é reforçado por um movimento estratégico da Comissão Europeia, que propôs um pacto provisório.

Esta medida permitiria que a componente comercial do acordo entrasse em vigor "o mais rápido possível", sem a necessidade de esperar pela morosa ratificação individual de cada um dos 27 Estados-membros da UE. O acordo completo, que inclui disposições políticas e cláusulas de salvaguarda, seria ratificado posteriormente.

O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, também destacou a importância do acordo, afirmando que, juntamente com um pacto semelhante com o México, tornará a UE "mais forte".

Num desenvolvimento significativo, a Itália, sob a liderança de Giorgia Meloni, reverteu a sua oposição anterior e passou a apoiar o acordo, contribuindo para solidificar o consenso dentro do bloco europeu.