A iniciativa surge como resposta direta ao maior ataque aéreo russo contra Kiev, que intensificou a determinação ocidental para enfraquecer a máquina de guerra do Kremlin.

O novo pacote de medidas da UE visa setores estratégicos da economia russa, incluindo cerca de meia dúzia de bancos e empresas de energia como a Rosneft e a Lukoil. As sanções em estudo abrangem restrições ao comércio de petróleo, aos sistemas de pagamento e cartões de crédito russos, e um maior controlo sobre as bolsas de criptomoedas. A UE pondera também proibir a exportação de produtos químicos usados pela indústria militar russa e aplicar restrições a empresas estrangeiras que forneçam estes itens.

A colaboração com os Estados Unidos é um elemento central desta nova fase.

Uma delegação da UE viajou para Washington para discutir ações conjuntas, e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, confirmou que o trabalho está a ser feito "em estreita coordenação com os nossos amigos dos EUA". O Secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que Washington está "preparado para aumentar a pressão sobre a Rússia", sugerindo que novas sanções poderiam levar a um colapso económico russo e forçar negociações de paz.

Apesar das sanções existentes, Moscovo tem conseguido contornar algumas restrições, recorrendo a fornecedores na China e vendendo energia a países como a Índia.