Este ano, o discurso é aguardado com particular expectativa, sendo visto como um teste decisivo à sua liderança num contexto de crescente pressão política e um Parlamento Europeu fragmentado.
Von der Leyen enfrenta críticas de várias frentes. É acusada de enfraquecer a UE ao ceder aos interesses dos EUA em negociações comerciais, de abandonar os agricultores no acordo com o Mercosul, de recuar em políticas climáticas e de manter um silêncio criticado sobre a situação em Gaza.
Fontes citadas nos artigos descrevem o discurso menos como um novo começo e mais como uma "operação de salvamento" para a sua presidência.
Valérie Hayer, líder do grupo liberal Renew Europe, afirmou que "a Europa não se pode dar ao luxo de estagnação ou paralisação institucional", apelando a uma "liderança clara do executivo".
Espera-se que a intervenção de Von der Leyen aborde temas centrais como a defesa e segurança da UE, o contínuo apoio à Ucrânia, as complexas relações com os Estados Unidos sob a administração Trump e o próximo orçamento de longo prazo da UE (2028-2034).
O debate subsequente com os eurodeputados será um barómetro do apoio que a sua agenda conseguirá reunir para o próximo ano.