Este incidente eleva a tensão na fronteira oriental da Europa a um nível nunca visto desde a Segunda Guerra Mundial.

Durante a madrugada, cerca de 19 drones russos entraram em território polaco, um Estado-membro da UE e da NATO, o que levou a uma resposta militar e diplomática imediata. As forças armadas polacas, com o apoio de caças de aliados da NATO como os Países Baixos, abateram vários dos aparelhos. Em reação, o governo polaco restringiu o tráfego aéreo na sua fronteira oriental, convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e invocou o Artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre os membros perante uma ameaça à segurança.

A liderança da UE condenou veementemente o ato.

A Alta-Representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, classificou-o como “a mais grave violação do espaço aéreo europeu por parte da Rússia desde o início da guerra”.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, descreveu o incidente como uma “provocação em grande escala”, afirmando que o país “não estava tão perto de um conflito aberto desde a segunda guerra mundial”.

Líderes como Emmanuel Macron e Friedrich Merz expressaram total solidariedade, enquanto o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, avisou que a aliança “defenderá cada centímetro do território”.

A Rússia negou qualquer intenção de atacar a Polónia, e a Bielorrússia alegou que os drones se desviaram devido a problemas de navegação, uma justificação amplamente rejeitada pelos líderes ocidentais, que consideram a incursão um ato deliberado para testar os limites e a determinação da Aliança Atlântica.