O discurso ocorreu num momento de elevada tensão, coincidente com a violação do espaço aéreo polaco, reforçando a urgência das suas propostas.
A mensagem central de von der Leyen foi clara: “Este deve ser o momento da independência da Europa”. No domínio da defesa, propôs a criação de um “Semestre Europeu da Defesa” para monitorizar projetos até 2030, um novo programa de apoio às forças armadas ucranianas e uma iniciativa de vigilância do flanco oriental, que inclui a construção de um “muro de drones”.
A presidente referiu-se diretamente ao incidente na Polónia como uma “imprudente violação sem precedentes”, sublinhando a solidariedade total da UE.
Para além da segurança, o discurso abordou desafios internos, com o anúncio de um plano para erradicar a pobreza até 2050 e uma estratégia para a habitação acessível. Von der Leyen propôs ainda a criação de um Centro Europeu de Combate a Incêndios e um Centro Europeu para a Resiliência Democrática, este último para combater a desinformação, o que gerou vaias da extrema-direita.
O seu discurso também marcou uma viragem na política para o Médio Oriente, com propostas de sanções a Israel.
No entanto, a sua liderança continua a ser contestada, com os grupos políticos Patriotas pela Europa e a Esquerda Europeia a anunciarem moções de censura.