A iniciativa, apresentada pela presidente Ursula von der Leyen no início do ano, visa simplificar a legislação em várias áreas, incluindo a sustentabilidade.

No entanto, uma vasta coligação de organizações não-governamentais argumenta que este “esforço de simplificação sem precedentes” é, na verdade, um eufemismo para “desregulamentação”.

Num documento conjunto, os subscritores afirmam que “a Comissão e os Estados-Membros da UE poderão passar os próximos quatro anos a desmantelar as regras para as empresas que operam na UE”. Alertam que as regulamentações que protegem os cidadãos dos “excessos da ganância corporativa”, garantindo ar puro, alimentos saudáveis e condições de trabalho justas, estão a ser “eliminadas, enfraquecidas ou esvaziadas de significado a um ritmo verdadeiramente sem precedentes”. As preocupações estendem-se à proteção de habitats e da biodiversidade, ao controlo de produtos químicos perigosos e à salvaguarda de direitos digitais e sociais.

As organizações exigem “mais e não menos proteção”, apelando aos legisladores da UE para que rejeitem os cortes drásticos nas regulamentações ambientais e sociais, defendendo que os direitos, a saúde e o planeta “não estão à venda”.