A iniciativa visa reforçar a capacidade de resposta conjunta da UE e apoiar os Estados-membros e países vizinhos no combate a desastres naturais cada vez mais frequentes e severos.

O anúncio foi feito pela presidente Ursula von der Leyen durante o seu discurso sobre o Estado da União, num contexto de emergência climática que tornou cada verão “mais quente e rigoroso”.

Este ano, os incêndios consumiram “mais de um milhão de hectares” em toda a Europa, uma área equivalente a cerca de um terço da Bélgica, com Portugal a ser um dos países mais afetados, registando o terceiro pior ano de sempre em área ardida. Von der Leyen sublinhou a necessidade de a UE se dotar de “instrumentos necessários para reagir”. O novo centro em Chipre funcionará como um polo para reforçar o Mecanismo de Proteção Civil Europeu, que a presidente elogiou pela sua eficácia, destacando o destacamento de 760 bombeiros europeus para vários Estados-membros durante o verão.

A proposta insere-se num esforço mais amplo para “intensificar radicalmente os esforços de resiliência e adaptação às alterações climáticas e soluções baseadas na natureza”, reconhecendo que os desastres naturais são uma ameaça transfronteiriça que exige uma resposta coordenada e solidária a nível europeu.