No entanto, a ratificação final enfrenta a resistência de alguns Estados-membros, como a França, apesar das garantias da Comissão Europeia.

O Presidente do Brasil, Lula da Silva, que ocupa a presidência pro tempore do Mercosul, expressou o desejo de acelerar as negociações para concluir o acordo em dezembro. Este pacto comercial, negociado durante duas décadas, criaria uma das maiores áreas de comércio livre do mundo, ligando as economias europeias às do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Contudo, o caminho para a ratificação não está isento de obstáculos.

Um dos principais desafios é a oposição de países como a França, que manifestam preocupações relacionadas com a concorrência para os seus agricultores e com os padrões ambientais, nomeadamente a desflorestação na Amazónia.

Consciente destas resistências, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, abordou o tema no seu discurso sobre o Estado da União, assegurando que existem “salvaguardas sólidas no acordo comercial [da UE] com o Mercosul - apoiadas com financiamento e, se for necessário, indemnizações”.

Esta declaração visa tranquilizar os setores mais céticos dentro da UE, mas a divisão interna persiste, refletindo o dilema europeu entre a expansão das suas parcerias comerciais globais e a proteção dos seus interesses económicos e ambientais internos.