Na noite de 9 para 10 de setembro, as autoridades polacas reportaram a violação do seu espaço aéreo por pelo menos 19 drones russos.
Em resposta, caças polacos e de outros países da NATO, incluindo dos Países Baixos e Itália, foram mobilizados para intercetar e abater vários dos aparelhos.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, descreveu o evento como "o mais próximo que estivemos de um conflito aberto desde a II Guerra Mundial" e uma "provocação de grande escala". Em consequência, a Polónia invocou o Artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas entre os membros quando a segurança de um deles é ameaçada, e solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
Adicionalmente, Varsóvia impôs restrições ao tráfego aéreo na sua fronteira oriental até dezembro.
A reação da NATO e dos seus membros foi imediata e unânime.
O secretário-geral, Mark Rutte, anunciou o reforço da presença militar no flanco leste da Europa para "fortalecer ainda mais a postura" de defesa.
Os Estados Unidos reafirmaram o seu compromisso de defender "cada centímetro do território da NATO".
Vários países europeus, incluindo França, Alemanha, Reino Unido e Dinamarca, participaram na operação de reforço. A França anunciou o envio de três caças Rafale para a Polónia, e a Alemanha duplicou o número de aeronaves 'Eurofighter' na missão de vigilância aérea.
A nível diplomático, uma vasta maioria dos Estados-membros da UE, incluindo Portugal, convocou os embaixadores russos para um "protesto formal".
O ministro português, Paulo Rangel, afirmou que a ação foi concertada e tem um "significado sancionatório".
Moscovo negou qualquer intenção hostil, alegando que os drones se desviaram da rota, uma explicação rejeitada por Varsóvia e Berlim como implausível.