Estas medidas surgem em resposta à contínua agressão na Ucrânia e são coordenadas com os Estados Unidos para maximizar o seu impacto.

A alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, confirmou que as sanções existentes foram prolongadas e que a diplomacia dos 27 está a finalizar um novo pacote que visará o petróleo russo, instituições bancárias e embarcações da "frota fantasma" que transportam crude. O objetivo, segundo Kallas, é continuar a "asfixiar o dinheiro que Putin utiliza na guerra".

Paralelamente, a UE enfrenta pressão da administração Trump para acabar com as importações de Gás Natural Liquefeito (GNL) russo.

O comissário europeu da Energia, Dan Jorgensen, manifestou confiança num acordo "muito em breve" para cessar a entrada de energia russa no bloco até 2027. A proposta legislativa em cima da mesa visa proibir novos contratos a partir de janeiro de 2026 e os de longo prazo até ao final de 2027.

No entanto, países como Áustria, Hungria e Eslováquia opõem-se à proibição devido à sua forte dependência.

A Eslováquia chegou a anunciar que vetará as novas sanções se a UE não alterar as suas políticas climáticas para acomodar a indústria automóvel.

A Finlândia acusou publicamente a Hungria e a Eslováquia de "alimentar a máquina de guerra russa" ao continuarem a comprar energia a Moscovo, ecoando as críticas de Washington. Para compensar a saída da energia russa, a UE acordou comprar 750 mil milhões de dólares de produtos energéticos americanos ao longo de três anos, sublinhando a necessidade de importar mais GNL dos EUA para evitar aumentos de preços e garantir a segurança do abastecimento.