O Presidente Emmanuel Macron nomeou Sébastien Lecornu, até então ministro da Defesa, para tentar formar um novo governo e encontrar uma maioria parlamentar para aprovar o orçamento.

Paralelamente, o movimento "Bloqueiem Tudo" ('Bloquons Tout'), comparado aos "Coletes Amarelos", mobilizou centenas de milhares de pessoas em protestos por todo o país, resultando em centenas de detenções e confrontos com a polícia.

A instabilidade política já teve repercussões económicas: pela primeira vez em décadas, os juros da dívida francesa superaram os da italiana, sinalizando uma crescente desconfiança dos mercados na capacidade de França em gerir as suas finanças públicas. Analistas alertam que a crise francesa pode "acelerar uma crise estrutural mais profunda da própria Europa" e que as suas ondas de choque chegarão a outros países, como Portugal.

A situação em França, um dos pilares da UE, é vista como perigosa para a coesão do bloco, podendo alimentar politicamente os movimentos radicais.