Estes incidentes são vistos como um teste deliberado às defesas e à coesão do Ocidente.
Na noite de 9 para 10 de setembro, 19 drones russos violaram o espaço aéreo polaco, levando à sua interceção e abate por forças polacas e aliadas, incluindo caças F-35 neerlandeses. O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, classificou o incidente como uma "provocação de grande escala" e o mais próximo de um conflito aberto desde a Segunda Guerra Mundial, invocando o Artigo 4.º do Tratado da NATO para consultas urgentes. Poucos dias depois, um incidente semelhante ocorreu na Roménia, onde um drone russo operou no espaço aéreo da NATO durante cerca de 50 minutos.
A alta representante da UE, Kaja Kallas, considerou a ação "inaceitável" e uma "escalada imprudente".
Em resposta, a NATO anunciou a operação "Sentinela Oriental" para reforçar a sua presença no flanco leste.
A Rússia negou qualquer intenção de atacar território da Aliança, acusando Kiev de uma "provocação deliberada" para "atrair os países europeus para uma perigosa aventura militar".
Analistas, como o major-general Jorge Saramago, veem nestes atos "uma nova face da guerra a que não estávamos habituados", referindo-se à guerra híbrida.
A UE e os seus Estados-membros condenaram veementemente as ações, com vários países, incluindo Portugal, a convocarem os embaixadores russos para protesto formal.