A intervenção, proferida num contexto de tensão geopolítica, delineou as prioridades do executivo comunitário, incluindo novas medidas de apoio à Ucrânia e uma posição mais firme sobre o conflito em Gaza.
Perante o Parlamento Europeu, von der Leyen sublinhou que "este deve ser o momento da independência da Europa", num mundo onde as "dependências são implacavelmente transformadas em armas".
Condenou a "imprudente violação sem precedentes" do espaço aéreo polaco por drones russos, manifestando "total solidariedade" com a Polónia.
Na área da defesa, anunciou a proposta de um "Semestre Europeu da Defesa" para monitorizar investimentos e a criação de um "muro de drones" no flanco oriental. Para a Ucrânia, prometeu uma "aliança de drones" e uma cimeira para o regresso das crianças raptadas pela Rússia.
Numa mudança de tom significativa, abordou a crise em Gaza, afirmando que a "fome provocada pelo homem nunca pode ser uma arma de guerra" e propôs a suspensão do apoio bilateral a Israel, sanções a ministros extremistas e a suspensão parcial do acordo comercial UE-Israel.
No plano social, apresentou a meta de erradicar a pobreza até 2050 e um plano para a habitação acessível.
O discurso foi, no entanto, recebido com moções de censura dos grupos Patriotas pela Europa e da Esquerda Europeia, que criticaram a falta de transparência e a submissão aos interesses dos EUA.