A medida surge como resposta à "inaceitável" situação humanitária na Faixa de Gaza, que a líder europeia afirmou ter "abalado a consciência do mundo".
Durante o seu discurso sobre o Estado da União, von der Leyen condenou veementemente a condução do conflito por parte de Israel, declarando que "a fome provocada pelo homem nunca pode ser uma arma de guerra". As propostas concretas incluem a suspensão do apoio bilateral da UE a Israel, a interrupção de pagamentos (sem afetar a sociedade civil), a introdução de sanções contra ministros extremistas e colonos violentos, e a suspensão parcial do Acordo de Associação UE-Israel em questões comerciais.
Esta viragem política surge após meses de críticas à presidente da Comissão pela sua percebida passividade e proximidade com Telavive.
A nova postura foi recebida com aplausos no Parlamento Europeu, que, numa resolução subsequente, apoiou a decisão com 305 votos a favor.
No entanto, a proposta enfrenta a oposição de Israel, que acusou von der Leyen de "ceder a pressões".
A própria presidente admitiu que "será difícil obter maiorias" entre os Estados-membros para aprovar todas as medidas, mas insistiu que "a Europa deve liderar o caminho" para pressionar Israel a alterar o seu rumo em Gaza.