Os fenómenos climáticos extremos durante o verão de 2025, incluindo ondas de calor, secas e cheias, causaram prejuízos macroeconómicos superiores a 43 mil milhões de euros na Europa. Em resposta, a Comissão Europeia anunciou a criação de um centro europeu de combate a incêndios e o Parlamento aprovou novas regras para reduzir o desperdício alimentar e têxtil. Um estudo da universidade alemã de Mannheim, com elementos do Banco Central Europeu, quantificou o impacto económico imediato do clima extremo em 43 mil milhões de euros, com projeções que podem atingir os 126 mil milhões até 2029 se as condições se mantiverem. Portugal foi um dos países mais afetados por incêndios, com mais de 254 mil hectares de área ardida, o terceiro pior ano de sempre. Perante esta realidade, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou no seu discurso sobre o Estado da União a intenção de criar um centro europeu de combate a incêndios, sediado em Chipre, para reforçar a capacidade de resposta e o Mecanismo de Proteção Civil Europeu.
A UE está a "intensificar radicalmente os esforços de resiliência e adaptação às alterações climáticas".
Paralelamente, o Parlamento Europeu avançou com a agenda da economia circular, aprovando uma nova diretiva que visa reduzir o desperdício.
A legislação estabelece metas obrigatórias até 2030 para a redução de resíduos alimentares e introduz a responsabilidade alargada do produtor para os têxteis, obrigando os fabricantes a cobrir os custos de recolha, triagem e reciclagem dos seus produtos.
Em resumoO elevado custo económico dos fenómenos climáticos extremos, que ultrapassou os 43 mil milhões de euros no verão de 2025, está a forçar a União Europeia a acelerar as suas políticas de adaptação e mitigação. As respostas incluem a criação de um centro de combate a incêndios e a implementação de novas diretivas para a economia circular, visando reduzir o desperdício e promover a sustentabilidade.