A violação do espaço aéreo da Polónia e da Roménia por drones russos desencadeou uma resposta militar e diplomática imediata da NATO e da União Europeia. O incidente, descrito como o mais grave desde o início da guerra na Ucrânia, testa a coesão e a capacidade de dissuasão da Aliança Atlântica. Na madrugada de 10 de setembro, pelo menos 19 drones russos entraram no espaço aéreo polaco, levando à sua interceção e abate por caças polacos e de aliados da NATO, incluindo F-35 neerlandeses. O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, classificou o evento como estando "mais próximo de um conflito aberto do que nunca desde a Segunda Guerra Mundial" e invocou o Artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas formais entre os aliados perante uma ameaça à segurança. Poucos dias depois, um incidente semelhante ocorreu na Roménia, que mobilizou caças F-16 para monitorizar um drone russo que operou no seu espaço aéreo durante cerca de 50 minutos.
A resposta da aliança foi robusta, com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a avisar que a organização defenderá "cada centímetro do território da NATO".
Foi anunciada a operação "Sentinela Oriental" para reforçar a defesa aérea no flanco leste, com a França a enviar três caças Rafale e a Alemanha a duplicar o número de Eurofighters em missões de vigilância sobre a Polónia.
Líderes da UE, incluindo Ursula von der Leyen e Roberta Metsola, condenaram unanimemente as ações russas, enquanto vários Estados-membros, como Portugal, França e Alemanha, convocaram os embaixadores russos para apresentar protestos formais.
Moscovo negou qualquer intenção de atacar território polaco, e a Bielorrússia alegou que os drones poderiam ter perdido o rumo devido a interferências eletrónicas.
Em resumoA incursão de drones russos em território da NATO na Polónia e na Roménia elevou significativamente a tensão na Europa. A resposta militar e diplomática coordenada, incluindo a ativação do Artigo 4.º e o reforço da vigilância aérea, demonstrou a solidariedade da aliança, ao mesmo tempo que sublinhou o risco real de uma escalada do conflito na Ucrânia.