Draghi alertou que a UE está a resignar-se a ficar para trás e exigiu uma nova abordagem para obter resultados "em meses, não em anos". Numa conferência de alto nível em Bruxelas para analisar o progresso das recomendações do seu relatório, Draghi afirmou que a economia europeia continua sob uma "ameaça existencial" e que a situação está pior do que há um ano, com apenas 10% das suas recomendações adotadas.

O antigo primeiro-ministro italiano expressou a crescente frustração sentida por cidadãos e empresas, declarando: "estão desiludidos com a lentidão com que a UE atua".

Para reverter esta tendência, Draghi defendeu a necessidade de a UE seguir um caminho diferente, que exige "uma nova velocidade, escala e intensidade".

Esta nova via de competitividade, segundo ele, implica que os Estados-membros devem "atuar em conjunto e não fragmentar os esforços" e "concentrar os recursos onde o impacto é maior". O seu apelo visa impulsionar uma nova dinâmica que permita à UE enfrentar os desafios económicos globais e evitar a estagnação, num claro aviso aos líderes europeus sobre a urgência de reformas estruturais.