A resposta foi imediata, com caças polacos, holandeses e alemães a serem mobilizados para intercetar e abater vários dos aparelhos.
Poucos dias depois, um incidente semelhante foi reportado pela Roménia, que também mobilizou os seus caças F-16.
Em resposta a esta "escalada imprudente", como classificou a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, a NATO lançou a operação "Sentinela Oriental" para reforçar a defesa aérea na região, com a participação de vários Estados-membros, incluindo o Reino Unido, Dinamarca, França e Alemanha. O episódio foi descrito como o mais sério confronto direto entre a Rússia e um membro da NATO desde o início da guerra na Ucrânia.
A situação gerou uma onda de condenação diplomática, com vários países europeus, incluindo Portugal, a convocarem os embaixadores russos para exigir explicações.
O Kremlin negou qualquer intenção hostil, atribuindo os desvios a erros de navegação ou interferências eletrónicas.
No entanto, o incidente expôs um novo dilema estratégico para a Aliança: a desproporção entre o custo de abater drones de baixo custo, estimados em dezenas de milhares de dólares, com mísseis sofisticados, como o AIM-120 AMRAAM, cujo valor ultrapassa um milhão de dólares. Esta assimetria força a NATO a repensar as suas estratégias de defesa, procurando soluções mais económicas e eficientes para neutralizar esta ameaça híbrida, que testa a coesão e a capacidade de resposta do bloco.