A nova plataforma digital substituirá os carimbos manuais nos passaportes por um sistema automatizado de registo biométrico, visando reforçar a segurança e a eficiência no espaço Schengen. O EES, um projeto aprovado em 2017 mas que sofreu vários adiamentos, será aplicado a todos os cidadãos de países terceiros que viajem para o espaço Schengen para estadias de curta duração (até 90 dias num período de 180). O sistema registará eletronicamente a data, a hora e o local de entrada e saída, eliminando a necessidade de carimbos. Na primeira entrada, os viajantes terão de fornecer dados biométricos, incluindo quatro impressões digitais e uma fotografia facial, que ficarão armazenados na base de dados central.
Esta funcionalidade permitirá criar um histórico detalhado das passagens e calculará automaticamente o tempo de permanência, emitindo alertas em caso de ultrapassagem do limite legal. Um dos principais objetivos é reforçar a segurança através da interoperabilidade com outras bases de dados europeias, como o Sistema de Informação de Schengen (SIS II), o Sistema de Informação sobre Vistos (VIS) e o futuro ETIAS. Esta ligação facilitará a identificação de documentos falsos, a gestão de riscos de segurança e o rastreio de indivíduos sinalizados. Em Portugal, a implementação começará nos aeroportos internacionais e será gradualmente estendida a portos marítimos e fronteiras terrestres ao longo de seis meses.
A coordenação nacional é assegurada pelo Sistema de Segurança Interna, que garante que as infraestruturas estão preparadas para a nova tecnologia.