Países como a Dinamarca e a Espanha defendiam a meta ambiciosa, mas encontraram a oposição de nações como a Hungria e a República Checa, preocupadas com o impacto na sua indústria.
França e Alemanha, dois dos maiores Estados-membros, também se mostraram cautelosos, defendendo que a decisão deveria ser tomada ao nível dos chefes de Estado e de Governo, no Conselho Europeu, onde a discussão pode ser associada a outras pastas como a indústria e a agricultura.
Perante o impasse, e para não chegar de "mãos vazias" à Assembleia Geral da ONU e à COP30 no Brasil, os ministros aprovaram uma faixa de redução de emissões para 2035, entre -66,25% e -72,5%. Este documento é considerado uma "declaração de intenções" e não um compromisso firme, uma "não decisão" segundo alguns críticos.
O comissário europeu Wopke Hoekstra manifestou-se, no entanto, "convencido" de que os europeus conseguirão chegar a um acordo sobre a meta de 2040 antes da COP30, insistindo que a UE continuará a ser "entre os mais ambiciosos" em matéria climática.
A situação reflete um ambiente político menos proativo em questões ambientais na UE, influenciado pela ascensão da extrema-direita e por um contexto geopolítico tenso.