Neste contexto, a UE prepara o seu 19.º pacote de sanções, visando novos setores da economia russa. Numa entrevista, Kaja Kallas afirmou que não tem visto "os Estados Unidos a fazer nada contra a Rússia", enquanto a UE avança para o seu 19.º pacote de sanções.
A Alta Representante acrescentou que o presidente russo, Vladimir Putin, "goza" com os esforços de mediação do presidente norte-americano, Donald Trump. Estas declarações surgem numa altura em que a administração Trump aumenta a pressão sobre os aliados europeus para que cessem completamente a compra de petróleo russo, uma exigência que visa todos os membros da NATO, incluindo a Turquia, e que encontra resistência particular na Hungria e na Eslováquia, que continuam a importar crude através do oleoduto Druzhba. Em resposta a esta pressão e à contínua agressão russa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que, após uma conversa com Trump, a Comissão apresentará em breve o novo pacote de sanções, que terá como alvo "criptomoedas, bancos e energia". Von der Leyen defendeu a necessidade de "acelerar a eliminação gradual das importações de fósseis russos" para asfixiar a economia de guerra do Kremlin. A adoção deste pacote sofreu, no entanto, alguns atrasos, atribuídos a questões técnicas e à necessidade de coordenação com os parceiros.
Esta dinâmica revela um complexo jogo de pressões e recriminações, onde a UE tenta manter a sua autonomia estratégica enquanto lida com as exigências do seu principal aliado.