Esta seca extrema, combinada com altas temperaturas, alimentou incêndios florestais de grande dimensão, especialmente em Portugal e Espanha. Segundo o serviço europeu Copernicus, as emissões de carbono ligadas a estes incêndios atingiram o valor mais elevado em 23 anos, com a Península Ibérica a ser responsável por cerca de três quartos do total europeu.

Para além dos danos ambientais, o impacto humano foi dramático.

Um estudo científico liderado pelo Imperial College London estimou que cerca de 16.500 mortes em 854 cidades europeias este verão foram diretamente causadas pelo calor agravado pelas alterações climáticas.

A Itália foi o país mais afetado.

Outro estudo, da Universidade de Mannheim e do Banco Central Europeu, calculou os prejuízos económicos imediatos dos eventos climáticos extremos em 43 mil milhões de euros, um valor que poderá atingir os 126 mil milhões até 2029. Em resposta, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs a criação de um centro europeu de combate a incêndios.