O economista sublinhou a "frustração crescente" dos cidadãos e das empresas com a lentidão da UE, defendendo a necessidade de uma "nova velocidade, escala e intensidade" para obter "resultados em meses, não em anos".

Draghi apontou o regulamento europeu sobre inteligência artificial (AI Act) como um exemplo de desajuste, considerando que foi concebido antes das mais recentes evoluções tecnológicas e que "gera confusão", penalizando as empresas europeias. O relatório de Draghi estimou que a UE necessita de um investimento adicional anual de 800 mil milhões de euros para competir com a China e os Estados Unidos. Para tal, propôs medidas como a emissão conjunta de dívida para financiar projetos estratégicos e o reforço da dimensão federal em setores críticos.

A sua intervenção contrastou com o discurso mais otimista da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, com Draghi a alertar que a passividade tem custos e que a Europa não se pode resignar a ser uma mera seguidora na cena global.