O Governo português anunciou que o reconhecimento oficial ocorreria numa cerimónia em Nova Iorque, com a declaração formal a ser feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

A Autoridade Nacional Palestiniana saudou a decisão como "corajosa e coerente com o direito internacional".

No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer deverá anunciar uma decisão semelhante, condicionada ao cumprimento de certas exigências por parte de Israel, como um cessar-fogo em Gaza. O então chefe da diplomacia britânica, David Lammy, justificou a medida como uma forma de "manter viva a perspetiva de uma solução de dois Estados" e como consequência da "grave expansão que observamos na Cisjordânia", referindo-se à "violência dos colonos" e a projetos de construção israelitas. Em França, o Presidente Emmanuel Macron também manifestou a sua intenção de reconhecer o Estado palestiniano, embora tenha enfrentado críticas internas de figuras públicas que pedem condições prévias, como a libertação dos reféns detidos pelo Hamas. O movimento coordenado ocorre antes de uma conferência de alto nível sobre a solução de dois Estados, organizada pela França e Arábia Saudita na sede das Nações Unidas, e junta-se aos cerca de três quartos dos Estados-membros da ONU que já reconhecem o Estado palestiniano.