Após vários anos de estagnação, a agressão russa à Ucrânia revitalizou o processo, colocando-o novamente no centro das prioridades da UE.

Além dos candidatos de longa data dos Balcãs Ocidentais (Albânia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Macedónia do Norte e Sérvia) e da Turquia, a instabilidade geopolítica levou a Geórgia, a Moldávia e a própria Ucrânia a formalizarem os seus pedidos de adesão.

No entanto, o caminho para a integração está repleto de obstáculos.

A guerra em curso, legados históricos complexos e ameaças ao Estado de direito na maioria dos países candidatos são fatores que complicam o processo.

Adicionalmente, campanhas de desinformação anti-UE, frequentemente orquestradas por países terceiros, visam minar o apoio popular à adesão.

A capacidade e vontade dos candidatos para implementar as reformas necessárias do Acervo Comunitário também geram ambiguidade.

O progresso é desigual: enquanto Montenegro e Albânia têm a expectativa de concluir as negociações até 2028, outros, como a Bósnia-Herzegovina, enfrentam bloqueios internos que paralisam as reformas.

Apesar dos desafios orçamentais e institucionais, o alargamento é visto como um imperativo estratégico para promover "a paz, a estabilidade e a segurança em todo o continente europeu", superando os meros cálculos económicos.