Nas últimas semanas, registou-se um padrão deliberado de provocações russas.

Na Estónia, três caças MiG-31 russos violaram o espaço aéreo durante 12 minutos, um ato que o governo estónio classificou como de uma “ousadia sem precedentes” e que levou à ativação do Artigo 4.º da NATO para consultas entre aliados.

Incidentes semelhantes ocorreram na Polónia e na Roménia com drones, e na Dinamarca, onde o sobrevoo de drones não identificados sobre o aeroporto de Copenhaga foi considerado “o ataque mais grave contra as infraestruturas vitais dinamarquesas”.

A resposta da NATO foi imediata, com a interceção das aeronaves por caças italianos, suecos e finlandeses e o lançamento da missão “Sentinela Oriental” para reforçar o flanco leste.

A liderança da UE condenou veementemente estas ações. A chefe da diplomacia, Kaja Kallas, descreveu a incursão na Estónia como uma “provocação extremamente perigosa”, enquanto a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que a UE “defenderá cada centímetro do seu território”.

A Rússia, por sua vez, negou as violações, atribuindo as acusações a “histeria russofóbica”.

Estes eventos intensificaram o debate sobre a adequação da resposta da Aliança, com alguns líderes da Europa de Leste a defenderem uma postura mais dura, incluindo o abate de aeronaves, enquanto outros apelam à contenção para evitar uma escalada descontrolada.