O incidente sublinhou a urgência de reforçar a cibersegurança das infraestruturas críticas da União Europeia. O ataque, que ocorreu na noite de sexta-feira, visou a Collins Aerospace, uma subsidiária do grupo de defesa norte-americano RTX, especializada no processamento de dados para o setor da aviação.
A perturbação nos sistemas de check-in e embarque obrigou as operações a serem realizadas manualmente, resultando em longas filas e disrupções significativas.
O aeroporto de Bruxelas foi um dos mais afetados, chegando a cancelar cerca de 50% dos voos de partida num dos dias.
O impacto estendeu-se a outros grandes centros como Heathrow (Londres) e Berlim-Brandemburgo.
A Agência de Cibersegurança da União Europeia confirmou a natureza do incidente, que serviu de alerta para a interdependência e vulnerabilidade das redes europeias. Em resposta, a Comissão Europeia apelou aos Estados-membros para que acelerem a transposição e aplicação da nova diretiva de cibersegurança, conhecida como NIS2.
O porta-voz comunitário Thomas Regnier destacou a importância desta legislação para “tentar evitar ameaças e incidentes cibernéticos”.
A comissária europeia para as emergências, Hadja Lahbib, reforçou o apelo, afirmando que o ataque “demonstra a natureza real e complexa das ameaças atuais” e que a UE “deve investir na preparação para garantir que estamos prontos para qualquer eventualidade”.
O incidente evidenciou como um único ponto de falha num fornecedor externo pode ter consequências em cascata por todo o continente.