A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, corroborou esta visão, identificando um “desequilíbrio estrutural entre procura e oferta” como a principal causa da escalada de preços, e apelou aos governos para que implementem políticas que reforcem a oferta.

Paralelamente, a competitividade da UE face a concorrentes como os EUA e a China é motivo de grande preocupação.

Mario Draghi, ex-presidente do BCE, criticou a “inércia” e a “lentidão” da UE, afirmando que, um ano após a publicação do seu relatório, apenas 11,2% das suas recomendações foram cumpridas.

Draghi alertou que a insistência no atual modelo equivale a “resignar-se à irrelevância” e defendeu uma “nova velocidade, escala e intensidade” nas reformas, incluindo a emissão de dívida comum para financiar projetos estratégicos.

Estas crises gémeas—uma social, sentida diretamente pelos cidadãos, e outra económica, que afeta a posição global do bloco—estão no centro do debate sobre o futuro do projeto europeu.