A iniciativa simboliza o compromisso institucional do bloco, mesmo perante os desafios da guerra e potenciais vetos de Estados-membros.

Durante uma visita a Kiev, Roberta Metsola discursou no parlamento ucraniano (Verkhovna Rada), onde assegurou o “total apoio do Parlamento Europeu” ao caminho de integração do país.

“A adesão à UE é uma garantia de segurança em si mesma, e avançaremos juntos neste caminho”, declarou.

A visita coincidiu com a entrega por parte do governo ucraniano do seu relatório de progresso a Bruxelas, detalhando o cumprimento dos requisitos em áreas como o Estado de direito e as reformas democráticas.

Metsola elogiou os esforços de Kiev, nomeadamente na reposição da independência das agências anticorrupção. A abertura de um escritório permanente do Parlamento Europeu em Kiev foi apresentada como um sinal de que a Ucrânia não precisa de “palavras de empatia”, mas sim de medidas concretas e de um apoio “presente no terreno”. Este avanço ocorre num contexto complexo, com a Hungria a ameaçar vetar a abertura das negociações formais de adesão, alegando a falta de proteção da minoria húngara na Ucrânia.

Apesar de a posição do Parlamento Europeu não ser vinculativa, o seu apoio político é crucial para manter a pressão sobre os Estados-membros e demonstrar a solidariedade do bloco com a Ucrânia.