Estes incidentes, que afetaram nações como Polónia, Estónia, Roménia e Dinamarca, são amplamente vistos não como acidentes, mas como uma campanha deliberada de "guerra híbrida" por parte de Moscovo. A escalada das provocações levou a Polónia e a Estónia a invocar o Artigo 4.º do Tratado da NATO, que prevê consultas de segurança entre os aliados.
O incidente mais grave ocorreu na Estónia, onde três caças russos MiG-31 permaneceram em território da Aliança durante 12 minutos.
O almirante italiano Giuseppe Cavo Dragone, presidente do Comité Militar da NATO, comparou a situação às violações soviéticas de 1939, afirmando que "esse momento deve ressoar profundamente em nós hoje".
As autoridades dinamarquesas, que enfrentaram o encerramento de aeroportos devido a drones, investigam a possível ligação da "frota fantasma" russa a estas operações.
A primeira-ministra Mette Frederiksen classificou os eventos como "ataques híbridos".
A situação gerou um debate intenso sobre as regras de confronto, com líderes como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a admitirem o abate de aeronaves "se necessário", enquanto outros, como o presidente francês Emmanuel Macron, apelam a uma resposta "proporcionada".
Para o presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, a avaliação "é clara" e a Rússia representa "uma ameaça a longo prazo à segurança euro-atlântica".














