A iniciativa visa reforçar a defesa aérea do bloco através de um sistema conjunto de deteção, rastreamento e interceção de aeronaves não tripuladas hostis.

O projeto surge após uma série de violações do espaço aéreo por drones e caças russos em países como Polónia, Roménia, Estónia e Dinamarca. A primeira fase envolverá dez Estados-membros da linha da frente (Bulgária, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia, Dinamarca e Hungria), contando com a participação da Ucrânia como observadora devido à sua "experiência testada em combate".

O Comissário Europeu da Defesa, Andrius Kubilius, declarou que o objetivo é "passar das discussões para ações concretas", sendo a prioridade imediata "a deteção antecipada [...], o rastreamento e a capacidade de os intercetar".

O plano prevê que o sistema esteja operacional no prazo de um ano, com a possibilidade de ser alargado a outras regiões da UE, pois, segundo uma fonte europeia, "não faz sentido deixar o sul a descoberto". O financiamento poderá vir de programas como o SAFE, para compras conjuntas de defesa, e o EDIP, para fortalecer a indústria de defesa europeia. No entanto, subsistem desafios, como a necessidade de novos radares e sensores, e a preocupação de que países como a Hungria possam constituir "um buraco nesta parede de drones".