Numa publicação na sua rede social, Trump afirmou que a Ucrânia, "com o apoio da União Europeia", pode reconquistar o seu território, omitindo um compromisso direto dos EUA.

A análise de jornais como o The Telegraph e o Guardian sugere que Trump está "a lavar as mãos da guerra", passando a pasta para a Europa. A sua mensagem, interpretada como sarcástica, termina com: "Continuaremos a fornecer armas à NATO para que a NATO faça o que quiser com elas.

Boa sorte a todos!".

Esta postura é vista como uma forma de pressionar os países europeus a aumentarem as suas compras de armamento norte-americano.

A situação expõe a dependência militar da Europa, como sublinhou Manfred Weber, presidente do Partido Popular Europeu, ao afirmar que a Europa está "nua num mundo de tempestades" porque não se preparou adequadamente. Weber acusou Trump de usar a carta militar para enfraquecer economicamente a Europa durante as negociações comerciais.

A mudança de tom de Trump, que antes se mostrava cético quanto às hipóteses da Ucrânia, é considerada valiosa para Kiev, mas os analistas sublinham que "é preciso mais do que palavras".