Este resultado foi amplamente saudado pelos líderes da UE como uma afirmação da escolha democrática da Moldova por um futuro europeu.

O Partido Ação e Verdade (PAS), da Presidente Maia Sandu, obteve mais de 50% dos votos, garantindo a maioria absoluta no parlamento.

Este desfecho é de grande importância geopolítica para a Moldova, uma nação que enfrenta múltiplas crises desde a invasão russa da Ucrânia em 2022 e que se encontrava perante uma escolha decisiva entre aprofundar os laços com a UE ou regressar à esfera de influência da Rússia.

Líderes europeus como António Costa, Ursula von der Leyen e Roberta Metsola felicitaram prontamente o país, sublinhando que "a porta da UE está aberta". O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou que "o povo da Moldova pronunciou-se e a sua mensagem é clara e inequívoca: perante a pressão e a interferência da Rússia, [o país] optou pela democracia, pela reforma e por um futuro europeu".

A campanha eleitoral foi marcada por denúncias de uma "campanha de desinformação sem precedentes" conduzida por Moscovo, incluindo tentativas de compra de votos, ciberataques e financiamento ilícito de partidos. As autoridades moldavas realizaram centenas de buscas e detiveram dezenas de pessoas por suspeitas de conspiração para desestabilizar o país.

A Presidente Sandu alertou para a "interferência maciça da Rússia", enquanto Moscovo negou qualquer envolvimento.

A vitória do PAS é vista como fundamental para a Moldova se libertar da influência de Moscovo, num percurso que incluiu o pedido de adesão à UE em março de 2022 e o início formal das negociações em junho de 2024.