"Estamos a assistir a uma ameaça híbrida constante", afirmou Dobrindt, sublinhando a necessidade de a Alemanha se preparar para uma "corrida ao armamento entre a ameaça representada pelos drones e a defesa contra eles".
Esta medida insere-se num esforço mais amplo de rearmamento, com o ministro da Defesa, Boris Pistorius, a defender um orçamento de 108,2 mil milhões de euros para 2026, o mais elevado desde a Guerra Fria. Adicionalmente, o governo aprovou um projeto de lei que introduz um novo modelo de serviço militar voluntário, com a possibilidade de se tornar obrigatório em caso de necessidade. O objetivo é combater o défice de cerca de 80.000 militares nas Forças Armadas e aumentar o número de efetivos para 460.000, entre ativos e na reserva. A Alemanha está também a preparar os seus serviços de saúde para um cenário de conflito, estimando a necessidade de tratar até mil soldados feridos por dia e preparando 15.000 camas hospitalares. Estas medidas sinalizam uma mudança histórica na política de segurança alemã, abandonando décadas de contenção militar para assumir uma postura mais assertiva face às ameaças geopolíticas.














