A Federação Europeia das Indústrias e Associações Farmacêuticas (Efpia) reagiu prontamente ao anúncio de Trump, afirmando que as taxas alfandegárias "criariam o pior cenário possível". A diretora-geral da Efpia, Nathalie Moll, sublinhou que os impostos "aumentam os custos, interrompem as cadeias de abastecimento e impedem os doentes de obter tratamentos vitais". A indústria farmacêutica estava em alerta há meses sobre a possível reintrodução de tarifas após mais de 30 anos de isenção. O mercado europeu acreditava estar abrangido por um acordo de 15% negociado em julho entre a Casa Branca e a UE.

No entanto, a nova medida de Trump, que isenta apenas as empresas que construam fábricas nos EUA, representa uma escalada protecionista. A Efpia apela a que os EUA e a UE continuem as discussões sobre como a Europa pode apoiar o custo da investigação e desenvolvimento globais "de forma a não prejudicar os doentes na UE e nos Estados Unidos". A situação reflete um contexto mais amplo de deterioração das relações comerciais, com as exportações da UE para os EUA a caírem drasticamente devido às novas tarifas e a um euro mais forte, afetando setores-chave como o automóvel e o farmacêutico.