A Eslovénia declarou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, como 'persona non grata', uma medida diplomática drástica que reflete a crescente condenação internacional das ações de Israel na Faixa de Gaza. A decisão, baseada em conclusões de uma comissão da ONU, posiciona a Eslovénia na vanguarda dos países da UE que adotam uma postura crítica em relação ao governo israelita. O governo esloveno justificou a decisão, afirmando que "confirma o compromisso com o direito internacional, os valores universais dos direitos humanos e uma política externa baseada em princípios e coerente". A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros, Neva Grasic, especificou que a medida se baseia nas conclusões de uma comissão independente da ONU que classificou os abusos cometidos por Israel em Gaza como genocidas. O governo fez questão de sublinhar que a medida "não é contra o povo israelita". Esta ação não é inédita para a Eslovénia, que já tinha aplicado a mesma classificação a ministros israelitas de extrema-direita como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich.
A decisão surge também no contexto do mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Netanyahu por alegados crimes de guerra.
A Eslovénia, que em 2024 se juntou ao grupo de países europeus que reconheceram formalmente o Estado da Palestina, demonstra assim uma crescente disposição para tomar medidas concretas em resposta ao conflito, distanciando-se de posições mais cautelosas dentro da União Europeia.
Em resumoO governo da Eslovénia declarou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, 'persona non grata', baseando a sua decisão em relatórios da ONU que apontam para genocídio em Gaza. Esta ação diplomática, que se segue ao reconhecimento do Estado da Palestina pelo país, destaca uma postura cada vez mais crítica de alguns Estados-membros da UE face à política israelita.