Neste contexto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, impulsionou uma discussão sem precedentes sobre o rearmamento europeu.

Um alto responsável da UE clarificou a divisão de tarefas: “A tarefa de enviar caças é da NATO. A da UE é estar pronta para responder, aumentar a nossa prontidão e reforçar capacidades comuns diante de uma ameaça comum”.

A cimeira, que contou com a participação do primeiro-ministro Luís Montenegro e uma intervenção por videoconferência do presidente Volodymyr Zelensky, abordou as debilidades da indústria de defesa, a necessidade de aquisições conjuntas e o desenvolvimento tecnológico.

No entanto, o consenso sobre a ameaça russa não se traduziu em unanimidade quanto ao financiamento.

Países como Espanha, Países Baixos e Alemanha manifestaram reservas quanto a empréstimos adicionais para o rearmamento, num contexto de orçamentos nacionais pressionados, expondo as divisões internas que o bloco enfrenta para transformar a sua ambição de autonomia estratégica numa realidade.