A iniciativa, discutida na cimeira de Copenhaga, surge como uma resposta direta às recentes violações do espaço aéreo por aeronaves atribuídas à Rússia.
O projeto consiste num sistema integrado para detetar, rastrear e neutralizar drones que entrem ilegalmente no espaço aéreo da UE, funcionando como uma barreira defensiva tecnológica ao longo da fronteira oriental.
A proposta, impulsionada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi abraçada inicialmente por um grupo de dez Estados-membros da linha da frente, incluindo Polónia, Finlândia e os países bálticos, com o objetivo de alargar a iniciativa a todo o bloco.
O comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, destacou que “a prioridade imediata deste muro contra drones é a deteção antecipada — que falta em alguns locais —, o rastreamento e a capacidade de os intercetar”.
A Ucrânia, com a sua vasta experiência em combate com e contra drones, desempenha um papel central, tendo o presidente Zelensky proposto a criação de um "escudo aéreo" conjunto e enviado especialistas para exercícios na Dinamarca.
Apesar da urgência, o projeto expõe as divisões internas da UE, nomeadamente no que toca ao financiamento.
Países do norte, como a Finlândia, exigem “solidariedade em matéria de segurança” por parte dos Estados-membros do sul, como Espanha e Portugal, argumentando que, tal como o norte foi solidário durante as crises económicas, o sul deve agora partilhar os custos da defesa do flanco oriental.














