Esta medida inovadora, que ganhou o apoio crucial da Alemanha, visa garantir o apoio militar a Kiev a longo prazo, mas enfrenta a oposição da Hungria.
A proposta, apresentada pela presidente Ursula von der Leyen, representa uma solução criativa para um dos maiores desafios da UE: como financiar de forma sustentável o esforço de guerra ucraniano. Em vez de uma confiscação direta dos ativos, que levanta complexas questões legais, o plano prevê a utilização desses fundos como garantia para um empréstimo massivo. Von der Leyen explicou que “o empréstimo não seria desembolsado de uma só vez, mas em várias 'tranches' e com condições associadas”.
O apoio da Alemanha, anteriormente cética, marca uma viragem significativa.
O chanceler Friedrich Merz defendeu a medida como uma forma de “aumentar de forma sistemática e maciça os custos da agressão russa”.
O principal obstáculo político é o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que tem bloqueado consistentemente as medidas contra a Rússia.
Para contornar o seu veto, a Comissão está a explorar soluções jurídicas que permitam uma decisão por maioria qualificada, isolando Budapeste.
A discussão decorreu na cimeira de Copenhaga, com uma decisão final esperada para o final de outubro. Os fundos destinam-se a financiar a aquisição de equipamento militar e a reforçar a indústria de defesa europeia, garantindo que parte do dinheiro seja reinvestido no bloco.














