Numa conferência em Paris, António Costa sublinhou a dimensão continental do problema, afirmando: “De Dublim a Atenas é evidente: há uma crise habitacional”.
O antigo primeiro-ministro português destacou que a crise já não se limita às pessoas com baixos rendimentos, mas afeta a “classe média, mas, em especial, as gerações mais jovens”, com consequências diretas para a coesão social e a competitividade económica.
Este reconhecimento eleva a habitação, tradicionalmente uma competência nacional, a uma prioridade na agenda europeia, com o tema a ser discutido na próxima cimeira formal do Conselho Europeu.
O comissário europeu Dan Jørgensen anunciou que o plano da Comissão visa “desencadear uma nova vaga de investimento” através de várias frentes: duplicar o apoio à habitação no âmbito da política de coesão, rever as regras de auxílios estatais para projetos habitacionais e introduzir uma nova legislação “justa” sobre arrendamentos de curta duração para combater a “especulação egoísta” e a “financeirização do parque habitacional”. Paralelamente, o Parlamento Europeu está a elaborar um relatório que propõe medidas como a aceleração da concessão de licenças de construção e a promoção de hipotecas acessíveis para jovens.














